A formação de professores em Portugal


Mergulhando neste trabalho da professora Raquel Pereira Henrique (FCSH-UNL), em parceria com Joaquim Pintassilgo e Maria João Mogarro. Ou melhor, mergulhando na História da Educação e na Formação de Professores portuguesas para comparar e compreender melhor tantos fossos e tantas lentidões. Sobre a segunda metade do século XIX:

"A comparação com os dados estatísticos dos países europeus e do continente norte-americano levou os autores nacionais a falar de um duplo atraso: em primeiro lugar, o fosso que existia entre Portugal e os outros países no que respeitava a investimentos na educação, nomeadamente a situação da rede escolar, os níveis de alfabetização e de escolarização ou a relação de alunos por professor; por outro lado, a insatisfação que esses países sentiam com a sua própria situação, implementando progressos que levavam a indicadores mais satisfatórios em pouco tempo, enquanto Portugal progredia muito lentamente e via aumentar o fosso relativamente a esses países de referência."

De lá pra cá, muito mudou? Pra quem? Europa e Portugal, Portugal e as ex-colônias: o problema é histórico, eurocêntrico, metropolitano e colonial. Sigamos a leitura!

Cem anos da Revolução de Outubro


Mais uma presença em evento acadêmico na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Agora para conferir a agenda de comemorações organizada para o centenário da Revolução Russa de 1917 e breves comentários de intelectuais acerca do fato histórico. O primeiro a abordar o assunto foi o historiador Fernando Rosas (IHC) [do Bloco de Esquerda] que destacou a revolução como sendo, não um surto de vândalos, mas sim fruto de processos transformadores cultivados há muito tempo e com inúmeros fundamentos e a semente difusora de revoltas populares e, até mesmo, de governos fascistas; assim como destacou a experiência concreta baseada na terra pela paz. Nada de Fátima; nada de Salazar. A antropóloga Paula Godinho (IHC) sugere que a revolução seja considerada também como uma forma de frear o capitalismo bélico do começo do século passado e a ruptura como fonte de novas inteligibilidades. Frisa a demonização e a patologização dos atos e das posturas revolucionárias e teme uma patrimonialização do passado - sem memória. Lembra que vivemos em tempos de muita identidade e pouca comunidade e alerta para a festalização da revolução. Por fim, provoca: será preciso livros de auto-ajuda para (re)pensar a revolução? Teresa Cravo (CES), especialista em Relações Internacionais, por sua vez, fala sobre a internacionalização da revolução como arma para combater o estabelecimento das tão recentes fronteiras e estimula uma reflexão sobre esperança, movimento, horizonte e direção. Para finalizar, o historiador José Pacheco Pereira (IHC) [que comunga com o PSD] estaciona as questões ao discorrer sobre a dificuldade de legitimar uma versão oficial sobre a revolução - como se fosse fácil legimitar qualquer versão sobre qualquer fato histórico.


IHC - Instituto de História Contemporânea (FCSH-UNL)
CES - Centro de Estudos Sociais (Universidade de Coimbra)
PSD - Partido Social Democrata

Educação para o ambiente?


Educação para o ambiente deve começar em casa; em família. E temas como violência, toxicodependência e sexo também devem ser falados na escola - assim como em casa; em família. Assim como não devemos esquecer de abordar, seja na escola ou em casa, dois importantes temas: Racismo e Xenofobia. Só para que não seja estimulada aquela relação errônea e superficial entre violência, droga e sexo & pretos e imigrantes. Quem vai falar? O que se vai falar? Como se vai falar A Educação para o ambiente precisa ser clara, franca e humana acima de tudo!

Inteligência x Intelectualidade


Osho, filósofo e místico indiano, deixou vários escritos e nos ajuda bem, neste livreto, a refletir sobre as diferenças entre inteligência, intelectualidade e estupidez. Um ótima sugestão para humanos de várias áreas e idades e fundamental para acadêmicos não confundirem ego e títulos com lucidez e sabedoria. Fica a dica! 

"É muito raro que alguém se consiga formar na universidade e ainda continue inteligente. Muitas poucas pessoas têm sido capazes de escapar à universidade, de a evitar, de passar  por ela e no entanto salvarem a sua inteligência - muito raramente. É um grande mecanismo para o destruir a si."

[1931 - 1950]