Relatos da Ditadura Militar


O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) surpreendeu a todos quando levou ao ar a produção Amor e Revolução, escrita por Tiago Santiago, com colaboração de Renata Dias Gomes e Miguel Paiva, e sob a direção de Reynaldo Boury, Luiz Antônio Piá e Marcus Coqueiro. Toda ela tinha como pano de fundo o contexto histórico da última ditadura militar brasileira no qual viveram muitos dos nossos familiares - pais, irmãos, tios, sobrinhos, primos, avós, bisavós, entre outros - e parentes dos nossos amigos e conhecidos. Ao final de cada capítulo, depoimentos relatavam a ação dos militares para com todos aqueles considerados "nocivos à nação" - "subversivos", como costumam denominar todos os contrários ao regime. Confira alguns deles para fazer com que este episódio não seja esquecido e o seu retorno nunca seja possibilitado!
















Fascismo & Nazismo


FASCISMO

- Desestrutura pós-guerra, alto desemprego e dívidas com ingleses e estadunidenses.
- Mussolini: professor primário, jornalista e defensor do socialismo.
- A fundação do movimento Fasci italiani di combattimento.
- O nacionalismo exagerado: nação forte, unida, sem luta de classes.
- A alusão ao Império Romano: "Acreditar, obedecer e combater!".

O fascismo não crê, nem na possibilidade, nem na utilidade de uma paz perpétua. Só a guerra leva ao máximo de tensão todas as energias humanas e marca com um sinal de nobreza os povos que têm coragem de afrontá-la. Para nós, fascistas, a vida é um combate contínuo e incessante [...] O princípio essencial da doutrina fascista é a concepção do Estado. Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado. O indivíduo está subordinado às necessidades do Estado e, à medida que a civilização assume formas cada vez mais complexas, a liberdade do indivíduo se restringe cada vez mais. Nós representamos um princípio novo no mundo, representamos a antítese nítida, categórica, definitiva da democracia [...], da monarquia, em suma [...], dos imortais princípios de 1789.

- O crescimento dos socialistas e os grandes empresários.
- A fundação de um novo partido político: Partido Nacional Fascista [1921]

Benito Mussolini, o Duce.

- Ou o governo restabelece a ordem, ou os fascistas o faria.
- Vittorio Emanuelle III e a Marcha sobre Roma.
- A invasão dos "camisas negras" vindos de várias partes da Itália.
- O convite e a nomeação de Mussolini como primeiro-ministro.







# Incentivava o vale-tudo às escondidas; usava a violência e a fraude nas eleições [1924]; supressão dos partidos políticos de oposição; fechou jornais; prendeu jornalistas; e criou uma polícia secreta [OVRA], que perseguia, prendia e assassinava adversários.

Antonio Gramsci: bloco histórico, hegemonia e intelectual orgânico.

- A aliança com a Igreja Católica: o Papa Leão XI e o Tratado de Latrão.
- Intervenção na economia: as elites e as classes médias ascendem e se consolidam, enquanto os operários enfrentaram os baixos salários, o desemprego e a inexistência de sindicatos.

NAZISMO

O Grande Ditador [1940]. de Charles Chaplin.

- O caos pós-guerra: inflação, desemprego, dívida externa.
- Os socialistas e as promessas de soluções rápidas e "mágicas".
- A fundação do Partido Nazista [1919] e a presença de Adolf Hitler.
- Hilter versus políticos liberais e Tratado de Versalhes.
- A criação das SA - Tropas de Assalta - para exterminar os adversários.
- A tentativa de tomar o poder, o fracasso e a prisão.
- A produção de um livro e de uma doutrina no cárcere.

# A superioridade ariana; o antissemitismo; e a expansão territorial.

- O general Paul von Hindenburg e o auxílio financeiro estadunidense.
- A repercussão da crise de 1929: fome, humilhação e falta de esperança.
- O crescimento repentino [1929-1932] e a simpatia de Hitler: militares e industriais.
- Hitler assume como chanceler, chefe de governo [1933].
- A vitória eleitoral dos nazistas e o uso excessivo da propaganda e da violência.






 # Queima de livros; demissão de socialistas e democratas; perseguição aos judeus; titulação de Führer, guia/condutor; congelamento de salários; a valorização dos trustes, como o grupo Krupp; e aliança com a Itália fascista.

Os jogos olímpicos de Berlim [1936]

Os jogos e a "superioridade ariana"

# A construção do estádio pára 100 mil pessoas; Vila Olímpica para 4 mil atletas; e a contratação da cineasta Leni Riefensthal para exaltar os ideias nazistas.

      

# Indústrias de base (ferro, aço e máquinas); obras públicas; fábricas de armas; e nomeação de comandantes militares; controle sobre das Forças Armadas.

A vida de Adolf Hitler, produzido pela History Channel.

Os seguidores das ideias nazifascistas

- A Proclamação da República na Espanha [1931], a Falange e a Frente Popular.
- Franco, os nazifascistas e a instalação do franquismo.

Guernica [1937], de Pablo Picasso.

- Antônio de Oliveira Salazar: professor de economia e o salazarismo.


- Getúlio Vargas, Ação Integralista Brasileira e o Estado Novo.


O Neonazismo e o tempo presente...
  
Ameaça no Rio de Janeiro!

A comemoração de Giorgos Katidis, futebolista grego

O clássico recado de Chaplin!

"Anos felizes" e "1929"


- "Anos felizes" ou "Anos dourados" e "Crise de 1929" ou "Grande Depressão".
- O privilégio dos EUA durante a Primeira Guerra e seu enriquecimento posterior: o fornecimento de armas e alimentos para nações europeias.
- O acúmulo de capitais estadunidenses e o aumento de impostos sobre os produtos estrangeiros.
- A década de 1920 e os "anos felizes": a prosperidade e o otimismo dos EUA.
- "A propaganda estimula o consumo e ajuda o crescimento do país".
- American way of life: consumir, consumir e consumir o que há de mais moderno.


# Altos investimentos em pesquisa, novas fontes de energia produção em larga escala.


- Os altos e frequentes investimentos na Bolsa de Valores de New York.
- A compra e a venda de ações e o lucro fácil dos acionistas e empresários.
- Adiante, os valores da ações não correspondiam às condições das empresas.
- Em 24 de outubro de 1929, despencam os preços das ações: crash da Bolsa.


# Causas do crash: a concentração de riqueza nas mãos de poucos; o descompasso entre o crescimento dos salários e o aumento dos lucros; a concorrência entre os EUA e a Europa no mercado internacional - após a sua recuperação da Primeira Guerra; e a crise agrícola. [Crise de superprodução!]


# Consequências do crash: os agricultores perderam terras para bancos; indústrias faliram; enfraqueceram a produção; desprezaram a massa trabalhadora; o governo cortou gastos no exterior e parou de conceder empréstimos.


# A estagnação da produção e do consumo musical do jazz.

Louis Amstrong (1901-1971)

Nat King Cole (1919-1965) e Herbie Hancock (1940)

  Billie Holiday (1915-1959)

      
Nina Simone (1933-2003) e Amy Winehouse (1983-2011)

- A presidência de Franklin Roosevelt e as ideias econômicas de John Keynes.
- New Deal: o Estado deve intervir na economia.

# Principais medidas: o investimento em obras públicas; a destruição dos estoques agrícolas; o controle sobre os preços e a produção; a diminuição da jornada de trabalho; fixou-se o salário mínimo e criou-se o seguro-desemprego e a aposentadoria.

- O desemprego diminuiu, a indústria e a agricultura foram recuperadas e a renda nacional voltou a crescer.
- Para alguns políticos autoritários, as democracias liberais eram incapazes de resolver os problemas sociais.
- A solução para resolvê-los seria construir um governo forte, dirigido por um líder único.

Para pensar um pouco mais...



Revolução de 1917 e Brecht*


- O czar, monarca absolutista, e o seu imenso império russo: nomeava ministro, usava a censura sobre os meios de comunicação e a violência.
- As rebeliões camponesas e o fim da dinastia Romanov (1613-1917).
- A Rebelião de Pugatchev (1773-1775) e a resistência camponesa.
- O fim da servidão e a indenização por dezenas de anos.

- Os capitais estrangeiros alemães, franceses e belgas e a modernização da Rússia: exploração de petróleo, produção de aço, construção de ferrovias - a Transiberiana - e a industrialização e urbanização de São Petersburgo, Moscou e Kiev.
- O êxodo rual e as condições de trabalhos nas fábricas e indústrias.

# Salários baixos, insalubridade e jornada de 14 horas/dia!
# Greves, passeatas e aproximação e apropriação das ideias socialistas e anarquistas!
# O Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR)!

- Vladimir Ulianov, Lenin, e Lev Bronstein, Trotsky.
- Os bolcheviques, a revolução, e os mencheviques, a parceria com a burguesia.
- As consequências da guerra contra o Japão pela Manchúria (1904).

Majestade,

Nós, trabalhadores e habitantes de São Petersburgo, nossas mulheres, nossos filhos e nossos parentes velhos e desamparados, vimos à vossa presença, majestade, buscar verdade, justiça e proteção. Fomos transformados em pedintes, somos oprimidos, estamos à beira da morte. [...] Paramos o trabalho e dissemos aos nossos patrões que não recomeçaremos enquanto não aceitarem nossas reivindicações. Não pedimos muito: a redução da jornada de trabalho para oito horas, o estabelecimento de um salário mínimo de um rublo por dia e a abolição do trabalho extraordinário. 

Os oficiais levaram o país à ruína completa e o envolveram numa guerra vergonhosa. Nós, os trabalhadores, não temos como nos fazer ouvir sobre a maneira como são gastas as enormes somas que nos são retiradas em impostos. [...]

Estas coisas, majestades, trouxeram-me diante de vosso palácio. Estamos procurando a nossa última salvação. Não recusai ajuda a vosso povo. Destruí o muro que se levanta entre vós e o povo. [...]

- O Domingo Sangrento e os sovietes - os conselhos de deputados eleitos.
- As dificuldades da guerra, o desemprego, a inflação e a fome.
- A culpa do Nicolau II, o saque a armazém e lojas e o apoio do exército.

 Lenin, Trotsky e Stalin.

Governo Provisório

- Libertação de presos, retorno de exilados e liberdade de imprensa e associação.
- Lenin e "todo poder aos sovietes":  deixar a guerra e repartir a terra.
- "Paz, terra e pão" e a Guarda Vermelha, comandada por Trotsky.

Lenin e a Guerra Civil

- Tratado de Brest-Litovsk (1918) e a paz com os alemães.
- O apropriação das terras da família real e da Igreja Ortodoxa.
- A estatização da economia: indústrias, bancos e estradas de ferro.
- A igualdade de direitos entre homens e mulheres.
- O Exército Branco e o auxílio inglês, japonês e dos EUA.
- A adoção do comunismo de guerra e o julgamento dos inimigos da revolução.
- A NEP e a economia: permissão da venda do excedente, estimulou a formação de pequenas e médias indústrias e a entrada de capitais estrangeiros, como empréstimos e/ou investimento.

# Tudo sob o domínio do Estado: indústria de base, comércio exterior, sistema bancário, transportes e meios de comunicações.

- O ditadura do Partido Comunista: decisões sem participação da sociedade, liberdade de imprensa suprimida, perda de autonomia dos sindicatos e dos sovietes, entre outras medidas.
- A formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS (1922).
- O gigantismo da União Soviética e a nomeação de Stalin como secretário-geral.


- "Grande Irmão" e "Pai do Povo": Stalin e o uso o Estado para exaltar a identidade.
- A disputa entre Stalin e Trotsky: o possível sucessor de Lenin.
- Trotsky: a internacionalização da revolução socialista e a revolução permanente.
- "O Socialismo num único país": Stalin e a necessidade de consolidar o socialismo.
- Por meio de manobras políticas, Stalin expulsa Trotsky do partido e manda-o matar.

O encouraçado Potenkim (1925), dirigido por Sergei Enseinstein.

Ditadura Stalinista (1929-1953)

# Sistema de partido único, opressão às nacionalidades; burocratização do Estado; proibição da liberdade de imprensa e de pensamento; e julgamentos forjados.

OS CARTAZES SOVIÉTICOS


A nossa causa é justa. O nosso inimigo será esmagado!
Juro que derrotarei o inimigo!
A nossa bandeira! A bandeira da vitória!

 

Mulher liberada constrói o socialismo!
Glória ao nosso vitorioso exército vermelho!
Defenderemos a cidade de Lenin com todas as nossas forças!

Para ilustrar a implantação do Socialismo e sua manutenção, nada melhor do que uma pesquisa e seleção de alguns poemas de Bertolt Brecht (1898 - 1956) feita pelos alunos!


A VERDADE UNIFICA [Victor Ercílio, Bruno e Gabriel]
Amigos, gostaria que soubésseis a Verdade e dissésseis!
Não como cansados Césares fugitivos: amanhã vem farinha!
Mas como Lenine: amanhã à noitinha!
Estamos perdidos, se não...
Ou como se diz na cantiguinha:
Irmãos, como esta questão
Quero logo começar:
Da nossa difícil situação
Não há de escapar
Amigos, uma forte confissão
E um forte SE NÃO!

NUNCA TE AMEI TANTO [Leonardo Franciscon]
Nunca te amei tanto, ma souer,
Como quando de ti parti naquele pôr-do-sol.
O bosque engoliu-me, o bosque azul, ma souer,
Sobre que já pousavam as estrelas pálidas a oeste.
Não me ri nem um pouco, nada, ma souer,
Eu que a brincar ia ao encontro dum destino escuro -
Enquanto os rostos já atrás de mim
Devagar empalideciam no anoitecer do bosque azul.
Tudo era belo naquele anoitecer único, ma souer,
Nunca mais depois e nunca mais antes assim -
Verdade é: só me ficaram as grandes aves
Que ao anoitecer têm fome no céu escuro.

PRAZERES [João Vitor e Lucas Ferraz]

O primeiro olhar na janela de manhã
O velho livro de novo encontrado
Rostos animados
Neve, o mudar das estações
O jornal
O cão
A dialética
Tomar duche, nadar
Velha música
Sapatos comodos
Compreender
Música nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar,
Ser amável.

ALGUMAS PERGUNTAS A UM HOMEM BOM  [Lucca e Pedro]
Bom. Para quê?
Você não é corrupto,
Mas o raio que destrói a casa
Também não é corrupto.
Você jamais se desdiz.
Mas o que você diz?
Você é de boa fé
Declara sua opinião
Mas qual opinião?
Você tem coragem
Contra quem?
Você é um artista
Repleto de sabedoria
Pleno de talento
Para quem?
Você não visa o próprio interesse
O interesse de quem, então?
Você é um bom amigo, 
de boa gente?
Então, escuta:
Nós sabemos que você é o nosso inimigo.
Por isso, vamos te encostar no paredão.
Mas, em consideração aos seus méritos
E às suas boas qualidades,
Num bom paredão.
E te fuzilar com boas balas
Disparadas por bons fuzis
E te enterrar 
Com boa pá
Em terra boa.


O HORROR DE SER POBRE [Igor e Matheus]
Risco c´um traço
(um traço fino, sem azedume)
todos os que conheço, eu mesmo incluído.
Para todos estes não me verão
nunca mais
olhar com azedume.
O horror de ser pobre!
Muitos gabavam-se que aguentariam,
mas era ver-lhes as cara alguns anos depois!
Cheiros de latrina e papéis de paredes podres
atiravam abaixo homens de peitaça larga como toiros.
As couves aguadas
destroem planos que fazem forte um povo.
Sem água de banho, solidão e tabaco
Nada há que exigir.
O desprezo do público
arruína o espinhaço.
O pobre nunca está sozinho.
Estão todos sempre a espreitar-lhe para o quarto.
Abrem-lhes buracos no prato de comida.
Não sabe pra onde há-de ir.
O céu é seu teto, e chove lá pra dentro.
A Terra enxota-o. O vento não o conhece.
Nada é o dinheiro que se tem. Não salva ninguém.
Mas nada ajuda quem dinheiro não tem.

O  ANALFABETO POLÍTICO [Gabriel Monte]
O pior analfabeto
é o analfabeto político
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimento políticos.
Ele não sabe que o custo da vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio.
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.


DOS RESTOS DE VELHOS TEMPOS [Vinícius e Pedro Maldonado]

Para exemplo ainda continua a Lua
nas noites por sobre os novos edifícios;
Entre as coisas de cobre é ela
a mais inutilizável. Já
as mães contam de animais,
chamados cavalos, que puxavam carros.
E verdade que quando se fala de continentes
já não são capazes de acertar com os nomes:
pelas grandes antenas novas
já dos velhos tempos
se não conhece nada.


NADA É IMPOSSÍVEL DE MUDAR [Guilherme Santos, Kaique e Vinícius]

Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é hábito
como coisa natural.
Pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parece natural.
Nada deve parecer impossível mudar.


O CAMPONÊS TRATA DAS LEIRAS [Gabriel Tocaxelli, João Cortês e Matheus Rodrigues]

O camponês trata das leiras
mantém em forma as vacas, paga imposto
faz filhos pra poupar criados
e está dependente do preço do leite.
Os da cidade falam do amor ao torrão
da sadia cepa campesina e
que o camponês é o fundamento da Nação.

Os da cidade falam do amor ao torrão
da sadia cepa campesina e
que o camponês é o fundamento da Nação.
Mantém em forma as vacas, paga impostos
faz filhos para poupar criados e
está dependente do preço do leite.


LOUVOR DO APRENDER  [Matheus Branco]

Aprenda o mais simples!
Para  aqueles cujo tempo chegou.
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC! Não chega, mas
Aprenda-o! E não te enfades!
Começa! Tens de saber tudo!
Tens de tomar a chefia!

Aprenda, homem do asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda mulher na cozinha!

Aprenda, sexagenária!
Tens de tomar a chefia!


Frequente a escola, homem sem casa!
Arranje saber, homem com frio!
Faminto, pegue o livro: é uma arma.
Tens de tomar a chefia.

Não te acanhes de perguntar, companheiro!
Não deixes que te metam patranhas na cabeça:

Vê c´os teus próprios olhos!
O que tu mesmo não sabes

Não o sabes.
Verifica a conta:
És tu que a paga.
Põe o dedo em cada parcela,
pergunta: como aparece isto aqui?
Tens de tomar a chefia.


SOBRE A TRAIÇÃO [Nicolas Oliveira]

Deve-se manter uma promessa? Deve-se fazer uma promessa?
Quando algo tem que ser prometido, não existe ordem.
Então, deve-se produzir essa ordem. 
O homem não pode prometer nada.
O que o braço promete à cabeça?
Que continuará um braço e não se tornará um pé.
Pois a cada sete anos ele é outro braço.
Se um trai o outro, trai o mesmo ao qual prometeu?
Na medida em que alguém a quem algo foi prometido
se vê em circunstâncias sempre novas, e portanto muda
conforme as circunstâncias e se torna outro, como poderá 
ser mantida a ele a promessa feita a um outro?
Aquele que pensa trai.
Aquele que pensa nada promete,
exceto que continuará sendo um homem que pensa.

ELOGIO DO CONSUMISMO [Vittor e João Gabriel]

Ele é razoável. Todos o compreendem. Ele é simples.
Você, por certo, não é nenhum explorador. Você pode entendê-lo.
Ele é bom para vocês. Informe-se sobre ele.
Os idiotas dizem-no idiota e os porcos dizem-no porco.
Ele é contra a sujeira e contra a estupidez.
Os exploradores dizem-no um crime,
mas nós sabemos que ele é o fim dos crimes.
Ele não é a loucura e sim
o fim da loucura.
Não é o caos e sim
uma nova ordem.
Ele é a simplicidade.


AULAS DE AMOR [Guilherme Isidoro]

Mas, menina, vai com calma
Mais sedução nesse grasne:
Carnalmente eu amo a alma
E com alma eu amo a carne.
Faminto, me queria eu cheio
Não morra o cio com pudor
Amo virtude com traseiro
E no travesseiro virtude por.
Muita menina sentiu perigo
Desde que o deus no cisne entrou
Foi com gosto ela ao castigo:
O canto do cisne ele não perdoou.

NÃO DEVERÍAMOS MOSTRAR-NOS TÃO CRÍTICOS 

Não deveríamos mostrar-nos tão críticos
Entre  o sim e o não
Não há tanta diferença como isso.
Escrever  numa folha em branco
É bom
Mas não menos bom é dormir e comer à noite
A água fresca sobre a pele, o vento,
os fatos bonitos, 
o ABC,
defecar.
Falar de corda em casa de enforcado
É contrário à boa educação
E marcar no meio do lixo
Uma nítida diferença entre
A argila e o esmeril
Não parece conveniente.
Ah, 
E o que fizer alguma ideia
Do que é um céu estrelado
Esse
Pode muito bem calar o bico.


DE QUE SERVE A BONDADE [Gabriel Baz e Leonardo]

De que serve a bondade
Quando os bondosos são logo abatidos, ou são abatidos
Aqueles para quem foram bondosos?
De que serve a liberdade
Quando os livres têm que viver 
entre os não-livres?
De que serve a razão
Quando só a sem-razão arranja a comida
de que cada um precisa?
Em vez de serdes só bondosos, esforçai-vos
Por criar uma situação que torne possível
a bondade, e melhor; a faça supérflua!

Em vez de serdes só livres, esforçai-vos
Por criar uma situação que a todos liberte
E também o amor da liberdade faça supérfluo!

Em vez de serdes só razoáveis, esforçai-vos
Por criar uma situação que faça da sem-razão
dos indivíduos um mau negócio!

Temam menos a morte e mais a vida insuficiente. [Matheus Fraiole]

* É preciso saber o que é Socialismo!
- Século XVIII: a industrialização e o movimento operário.
- Karl Marx: da luta de classes à revolução do proletariado.
- Alguns conceitos marxistas: exploração, mais-valia e alienação.

Clássicos da Sociologia: Karl Marx.

O Barroco brasileiro

Igreja São Pedro dos Clérigos (Fachada) - Recife/PE
[Beatriz Nunes]

Igreja São Pedro dos Clérigos (Altar) - Recife/PE
[Thainá Souza]

Basílica Nossa Senhora do Carmo - Recife/PE
[Guilherme Guidi]

Igreja de São Bento - Olinda/PE
[Bruna e Marcella]

Igreja de São Francisco (Fachada) - Salvador/BA
[Juliana Mayumi e Lívia Tadei] [Arthur Leite]

Igreja e Convento de São Francisco (Interior) - Salvador/BA 
[Guilherme R. e Caciquinho] [Marina e Alícia] [Ana Lúcia] [Letícia]

Nossa Senhora (Sacristia) - Século XVIII
[Victoria e Gabrielly]

Igreja Nossa Senhora do Rosário - Andrelândia/MG 
[Rafael Maidana]

Bandeira da procissão de cristo, de Joaquim José da Natividade
[Pedro Comuana e Renan Chuqui]

Igreja de São Francisco (Aleijadinho) - São João del-Rei/MG
[Júlia e Carol]

Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos - Congonhas/MG
[Larissa e Giovanna]

Obra de Aleijadinho
[Gabriela Ohl]

Congonhas/MG
[João e Lucas]

Aleijadinho/MG
[Victória Rodrigues]

??? [Enzo Onodera]

Igreja de São Francisco de Assis - Ouro Preto/MG
[Luan e Vinícius - Tainá e Natasha]

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - Rio de Janeiro/RJ
(Autores: Manuel de Brito e Francisco Xavier de Brito)
[Marcela e Luisa] [Isabella e Stephanie] [Fabiano e Gustavo] [Enzo, Luan e Matheus]

Complexo do Convento de Santo Antônio - Rio de Janeiro/RJ
[Daniel e Diego]

Mosteiro de São Bento - Rio de Janeiro/RJ
[Fabiana, Júlia e Márcio Ribeiro]

Alta-mor do Mosteiro de São Bento - Rio de Janeiro/RJ. [?]
[Beatriz e Ana Luiza]

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Sem título [Fernanda Portella]



Sem legenda [Roberto Lino]